domingo, 8 de março de 2009

Horrores da Bíblia


“Não matarás”, reza o sexto mandamento de Jeová (Êxodo 20:13). Segundo a tradição, a Bíblia foi escrita sob inspiração divina, como se o próprio Deus a tivesse escrito.

Se Deus é infinitamente bondoso, é inconcebível que ele cometa a mínima crueldade com qualquer ser humano. Assim pensam os que veneram a Bíblia. Veneram porque não a leram.

Este Deus, criador dos céus e da terra, não poderia ser bom para uns e mau para outros. No entanto, podemos encontrar na Bíblia um desfile de horrores, que nada fica a dever aos filmes de Frankenstein. Quem não acreditar, que confira.

No começo do segundo milênio AC, Jeová, o deus do Antigo Testamento, retira Abraão e sua família da cidade de Ur, na baixa Mesopotâmia, e dá-lhes de presente uma terra “onde corre leite e mel”, a lendária Canaã (Palestina).

Jeová, o mesmo que disse “não matarás”, diz, com todas as letras que, para se apossarem da terra que lhes foi ofertada, eles têm que aniquilar sete nações (Deuteronômio, 7:1-6): “Quando o senhor teu Deus te introduzir na terra à qual passará a possuir, e tiver lançado muitas nações diante de ti, os heteus, os girgaseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus, os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirá; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas... Derribareis os seus altares, quebrareis suas colunas, cortareis os seus postes-ídolos e queimareis suas imagens de escultura”.

As ordens de Jeová são claras, como em Deuteronômio 7:16: “E tens que consumir todos os povos que Jeová, teu Deus, te dá. Teu olho não deve ter pena deles...”.

Em Deuteronômio 13:15-16, o rol de barbaridades atinge o clímax: “Então, certamente, ferirás a fio de espada os moradores daquela cidade, destruindo-a completamente e tudo o que nela houver, inclusive os animais domésticos. Ajuntarás os despojos no meio da praça e a cidade e todo o seu despojo queimarás por oferta total ao Senhor, teu Deus, e será montão perpétuo de ruínas, e nunca mais se edificará”.

Estas barbaridades são apenas uma amostra do verdadeiro festival de horrores do Antigo Testamento. No entanto, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo – católicos, protestantes, evangélicos e judeus – consideram este livro a voz de um Deus justo, bondoso, misericordioso, criador dos céus e da terra, que oferece aos homens a oportunidade de salvação eterna em um céu ou um paraíso.

Quantas pessoas foram mortas obedecendo as ordens de Jeová? Qual a quantidade de sofrimento causada pelo aniquilamento dessas nações?

Este mesmo Deus, tão misericordioso, não só pregou as barbaridades que são encontradas na Bíblia como, por meio de seus auto-designados representantes, ainda ameaça com a crueldade infinita do inferno àqueles que, embora tenham levado uma vida santa, esqueceram-se de ir à missa aos domingos ou deixaram de confessar o último pecado.

Nenhum comentário: