sábado, 30 de dezembro de 2023


 

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Estética nazista adotada pelo Batalhão Azov reforça discurso de Putin de desnazificar a Ucrânia

Desde o início da guerra contra a Rússia, o governo ucraniano e aliados da Organização do Atlântico Norte (Otan) enfrentam críticas por imagens de soldados ucranianos com símbolos associados ao nazismo.

Em março de 2022, uma foto de um soldado do Batalhão Azov viralizou nas redes sociais por usar o Sol Negro, um dos símbolos associados ao nazismo que fazem parte da insígnia do grupo e cujo maior inimigo são os russos.

Apesar dessa associação do Azov com o nazismo vir sendo apontada pelo Kremlin desde o início do conflito contra a Ucrânia, apenas em junho deste ano a imprensa ocidental deu o braço a torcer.

O jornal The New York Times, um dos mais renomados dos Estados Unidos, reconheceu a presença de emblemas nazistas nas forças armadas ucranianas. A reportagem destaca que a presença desses símbolos nos uniformes ucranianos pode reforçar a propaganda russa.

O jornal relembra que a "desnazificação da Ucrânia" foi uma das justificativas apontadas por Putin para a invasão, acusando grupos neonazistas ucranianos de perseguir a população de etnia russa no Donbas.

A matéria identificou símbolos como o Totenkopf, uma caveira com ossos cruzados, e o Sol Negro, ou Sonnenrad, ambos associados ao regime de Adolf Hitler e ainda populares entre grupos neonazistas e supremacistas brancos.

Outro símbolo nazista usado pelo Azov é o Wolfsangel, usado pela 2ª Divisão Panzer SS Das Reich.

Em junho deste ano, três fotos postadas e depois apagadas das redes sociais oficiais do governo de Kiev mostram soldados e trabalhadores de emergência com emblemas como a caveira e ossos cruzados e o Sol Negro.

Esses símbolos, usados por unidades nazistas, agora aparecem em uniformes militares ucranianos, levantando questões sobre sua interpretação.

Apesar do governo ucraniano jurar que tenta combater a influência de grupos de extrema direita, tudo leva ao contrário. Não adianta emitir notas através do Ministério da Defesa do país,  condenando o nazismo, enquanto os grupos nazistas aparecem sempre como protagonista na guerra contra a Rússia.

A conclusão é óbvia, Zelensky até pode não ser nazista, mas está se valendo desse movimento para tentar manter uma guerra perdida.