terça-feira, 31 de outubro de 2017
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Curtas metragens selecionados no Fest & Arte
A dor dos outros - Direção: Gabriel Miranda e Gabriel Monteiro (RJ); As pérolas da vovó - Direção: Cíntia Maciel (SP); Bala Perdida - Direção: Luiz Marchetti (MT); BH no Ritmo da Luta - Direção: Dandara Andrade (MG); Bola para Seu Danau - Direção: Eduardo Souza Lima (RJ); De novo cinza - Direção: Wlado Herzog (SP); Desayuno - Direção: Elienay Anunciação (ARG); Enigma - Direção: Túlio Ienne e Luigi Ienne (SP); Good Trip - Direção: Russo Lima e Stal (RJ); Maria - Direção: Marcos Piva (SP); O Julgamento de Clarice - Direção: Isadora Wertheimer (DF);
Prazer, Laura - Direção: Carla Elói/Jaqueline Figueiredo/Leandro Luz (RJ); Tagarela - Direção: Fran Mattoso e Filipi Itagiba (RJ); Um Passo no Escuro - Direção: Hermann Jacques (BA); e Viver - Direção: Roberto R. Filho (PE).
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Cambuquira: o descaso com a cultura
É impressionante como os gestores público relegam a cultura ao segundo plano, fato que vemos em todo o Brasil e em Cambuquira não é diferente. Temos como exemplo a Biblioteca Municipal Martha Antiéro, lugar onde se respira conhecimento ao meio de obras das mais diversas escolas literárias. Mas para os gestores públicos a Biblioteca parece não servir para nada, ou melhor, serve para isolar funcionário indesejado, pois não fosse a negativas dos responsáveis pela biblioteca lá estariam os renegados de outras seções.
A biblioteca é um lugar sagrado e como tal deveria ser tratado, se em uma cidade houvesse mais bibliotecas que igrejas, a população estaria mais culta e não acreditaria em falsas promessas de charlatões fantasiados de pastores.
Com tristeza e indignação que vejo mais uma vez nossa Biblioteca Municipal jogada às traças, nem internet a administração municipal paga para aquele local. Vários computadores parados servindo de enfeites, quando poderiam estar auxiliando os usuários, principalmente estudantes, em suas pesquisas.
"Um país se faz com homens e livros" já dizia Monteiro Lobato mas em Cambuquira ao que parece os livros pouco importam. A cultura pede socorro na cidade!
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
A Senhora Aparecida: outro conto do vigário
Incansável em sua produção literária, o ex-padre Dr. Aníbal Pereira dos Reis escreveu diversos livros sobre as heresias e falcatruas do clero católico. Por isso, depois de trazermos informações preciosíssimas sobre a fraude de Fátima na edição passada, chegou a vez de Aparecida. A primeira é a padroeira de Portugal e esta, a do Brasil.
Dr. Aníbal confessa ter sido grande devoto da Senhora Aparecida até que numa tarde de quarta-feira, no começo do ano de 1961, depois das funções rituais da "novena perpétua", a que ele assistira, um sacerdote – com um psiu! – tirou-o do seu recolhimento devoto. Eis o que diz o Dr. Aníbal:
"Aproximei-me dele."
"Perguntou-me à queima-roupa:"
"– O que você vem fazer aqui quase todos os dias?"
"– Rezar a Nossa Senhora Aparecida, respondi-lhe."
"E, ante o sorriso gracejador do padre, esclareci:"
"– Sou muito devoto de nossa Rainha e espero dela todas as graças necessárias para minha salvação eterna..."
"Não pude mais falar porque o padre me interrompeu com vivacidade:"
"Você parece um beato vulgar. Que lhe poderá dar essa estátua de barro? Ela não tem valor algum. Nós gostamos dela porque nos traz muito dinheiro"
Dr. Aníbal conta que saiu dali atordoado e que suas últimas ilusões religiosas finalmente se desvaneciam. Querendo servir a Deus sem embustes, ele começou uma séria investigação sobre o assunto. Aquele mesmo sacerdote seria um bom começo e mais tarde tudo seria confirmado por outros sacerdotes, confrades conventuais daquele.
Pelo próprio fato de ser o catolicismo romano a religião oficial do Reino de Portugal, a nomeação dos bispos dependia inteiramente da indicação feita pelo rei, conta Dr. Aníbal. Em Guaratinguetá, encontrava-se, como vigário, o jovem padre José Alves Vilela, que como todo clérigo, conhecia a arte de bajular e pessoalmente sofria de "bispite" aguda – o desejo desenfreado de ser bispo! Como o Conde de Assumar pernoitaria em Guaratinguetá, percebeu nisso uma extraordinária oportunidade de, bajulando, credenciar-se às boas graças do Governador, que o apontaria a El Rei como candidato à mitra.
Notabilizara-se o Rio Paraíba pelas suas águas piscosas. Por isso, os pratos em peixe distinguiam a cozinha vale-paraibana. O padre Vilela ofereceria um banquete com grande fartura de peixes nas mais diversas modalidades de temperos. Já planejando a falcatrua, o padre Vilela valeu- se de três pescadores seus conhecidos, caracterizados pela espontaneidade em auxiliar, pela singeleza de sua fé e, sobretudo, pelo seu acatamento às solicitações do vigário. Seus nomes eram Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso.
Sem desconfiarem de nada e orientados pelo padre a que lançassem suas redes no Porto de Itaguassú, mesmo estranhando a solicitação, pois os portos não oferecem boa pesca em função da movimentação que espanta os peixes, os pescadores ingenuamente obedeceram, pois não convinha desacatar a ordem do padre ameaçador e capaz de praguejá-los e amaldiçoá-los.
"Lançaram a rede na convicção de nada apanhar.Surpresos, porém, retiraram das águas uma imagenzinha, de 30 cm de altura, talhada em terra cota escura, nos moldes da Madona de Murilo, que o clero se utiliza como símbolo da ‘Imaculada Conceição’ de Maria", conta Dr. Aníbal e prossegue: "Obtida a quantidade de pescado exigida pelo clérigo anfitrião, foram à sua residência fazer-lhe a entrega. E, jubilosos e na sua crença ingênua, mostraram ao padre, misturado na comitiva do Governador, a imagem aparecida. "
"Enternecido o vigário pelo sucesso do seu empreendimento, pois ninguém soubera e nem desconfiara de sua ida durante a madrugada ao Porto de Itaguassú para deixar nas águas aquela imagem, despejava suas expressões religiosas e deslambidas acentuando o ‘fator milagre’ daquela descoberta. "
"Todo o povo daquela região, presente em Guaratinguetá, para conhecer o Governador, Conde de Assumar, ludibriado em sua credulidade, exultou com o ‘milagre’ sucedido, vinculando- o à santidade do seu vigário e divulgou a notícia à distância."
Dr. Aníbal revela que num sábado de 1743, desejoso de construir um templo no alto do morro dos Coqueiros, o padre Vilela armou mais uma para o crédulo povo de sua paróquia. Ele retirou secretamente a imagem do oratório construído por Felipe Pedroso em sua propriedade e colocou-a no cume do morro. O povo pensando que a santa havia sumido pôs-se a procurá-la. Quando a encontraram, realizaram uma festa com hinos, baile e pinga. Esse fato misterioso ocorreria de novo em outros sábados, até que o padre Vilela se sentisse seguro em aconselhar o povo a construir um templo para a Cida no morro.
A divulgação dessas coisas trouxe rios de donativos e a 26 de julho de 1745 o padre Vilela benzia o templo e rezava nele a primeira missa, suspirando para que El Rei, o beato sonso Dom João V, se lembrasse dele na escolha dos seus bispos. Dr. Aníbal, porém, revela que "já alquebrado pela idade avançada morreu, como simples vigário de Guaratinguetá o padre ambicioso, e a Aparecida caiu na vala comum das pequenas capelas do interior brasileiro."
Em fins do século 19, a Aparecida foi tirada de sua insignificância, onde permanecera por mais de cem anos após a morte de seu criador, padre José Alves Vilela. E aos 8 de dezembro de 1888, o bispo de São Paulo, Dom Lino Deodato de Carvalho, benzeu um novo templo construído em substituição do anterior erigido pelo sacerdote inventor da "santa" e resolveu entregá-lo à ordem dos redentoristas em fins de 1894.
Os redentoristas se encarregaram de fanatizar o povo em torno da Aparecida e, através do confessionário, impunham aos penitentes rezas especiais à santa pescada e peregrinações ao seu santuário. Já no início de 1900 as romarias começaram a revelar-se um negócio de inestimável lucro financeiro. Em 1931 veio a proclamação e coroação da Aparecida como padroeira e rainha do Brasil, em execução de uma astúcia política. Antes, o padroeiro do Brasil era São Pedro de Alcântara, que por haver sido membro de ilustre e principesca família espanhola, durante o domínio da Espanha sobre o Reino de Portugal, obtivera de Roma esse "padroado". Os tempos agora eram outros e o povo brasileiro não se tornara fã do frade espanhol. Então os bispos brasileiros decidiram aposentá-lo e arranjar do papa um outro padroeiro.
Por satisfazer injunções políticas, ter sua Meca localizada em área de grande concentração demográfica e desfrutar de prestígio popular, a Senhora Aparecida foi a eleita para o cargo de padroeira e rainha do Brasil. A Senhora Aparecida tem uma sala de milagres em sua basílica onde os fanáticos colocam objetos os mais variados. Mas, o Dr. Aníbal diz – o que já era de se esperar – que durante três anos freqüentou assiduamente a basílica e jamais viu milagre algum. "A sua cidade está cheia de aleijados, estropiados e cegos a mendigar esmolas pelas ruas. Se os padres abastados de ouro e dinheiro não os socorre porque são avarentos, a Senhora Aparecida, de sua parte, nem lhes dá atenção aos gemidos. Ela é tão coitada que não tem poder nem de curar de lombrigas as crianças dos seus devotos. Por isso, a sua emissora faz propaganda de vermífugos... Desde menino, ouvi muitas vezes o milagre da libertação de um escravo na hora de ser preso ao tronco e retalhado com o chicote em castigo por sua fuga. Foi mentira! Isso não aconteceu. Se quem nega a veracidade desse fato fosse um evangélico, logo sofreria insultos dos carolas fanáticos. Mas, quem diz ser isso uma mentira, uma lenda fantasiosa é o devoto Fred Jorge, em seu livro ‘Aparição e Milagres de N. S. Aparecida’, que recebeu o ‘Imprimatur’ do cônego J. Lafayette, por delegação do cardeal e sob a chancela da cúria metropolitana de São Paulo."
Aparecida é uma fraude! Teve razão aquele padre da basílica que, em princípios do ano de 1961, disse ao Dr. Aníbal, referindo-se à Aparecida: "Ela não tem valor algum. Nós gostamos dela porque nos traz muito dinheiro".
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
O Cravo e a Rosa estréia no Festival do Rio
Estreou no Festival do Rio, dia 8, o documentário "O Cravo e a Rosa" sobre os 60 anos de carreira de Rosamaria Murtinho e Mauro Mendonça no teatro, cinema e televisão.Com depoimentos de diversos artistas, o documentário passa em revista um período importante da história da arte cênica brasileira. Mais que um documentário o filme é uma viagem bem humorada sobre a história de dois ícones da arte. O filme é uma produção da Nozes produções, tendo Kellys Kelfis como produtora executiva e a direção impecável de Jorge Farjalla. Na foto,ao lado da produtora executiva, o diretor apresenta o filme no Festival acompanhado de parte da equipe de filmagem.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Exposição de fotos em Varginha
Foto: Mariana Almeida
Foi aberta hoje as 14 horas a exposição "Imagens" que consiste em fotos, de minha autoria, em preto e branco com diversos temas. A exposição acontece no Restaurante Pinga com Torresmo, em Varginha e estará aberta ao público até o dia 31 de outubro.
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